segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Cartas para um amigo, de mim mesmo.



  É estranho como as coisas se encaixam, como elas mudam de forma em uma simples visão, em diversas vezes é possível recordar disso em flashes de consciência ao olhar no espelho em plena madrugada afora, cansado de rolar na cama para tentar dormir, respirar fundo não adianta e nem faz você se sentir mais calmo ou aliviado.
  Não se entender consigo mesmo virou rotina e você nem se recorda quando isso começou, só sabe que virou um vicio dificil de esconder, dificil de explicar e até mesmo de acreditar que uma pessoa de tanta certeza e inteligência chegou a esse ponto, o agora é um convívio diário a sua personificação de magoas, tristezas, agonias e desesperos, a ânsia de querer tudo e viver intensamente tudo esta se esmaecendo como areia em suas mãos, não há controle disso, nem uma forma de reverter esse cenário, existe o poço fundo e escuro pronto para absorver todos os seus ideias, devaneios e imaginações.
  Agarrar-se as conquistas é uma tarefa dificil, uma dolorosa forma de reviver o passado em sua mente para levantar-se da cama e encarar o dia, o relógio passa e você envelhece e se vê fazendo as mesmas coisas para sobreviver ao mesmo circulo de mesmas pessoas que não ligam para os seus problemas, se vitimizam e se opõem contra as coisas mais banais, afinal é você o indiferente, o não conformado com a realidade e que questiona por tudo e todos.

  Abrir os olhos é confuso, os objetos se tornam mais turvos a vez que você acorda depois de uma noite mal dormida, nem os pileques mais adiantam, seu "eu" interior sente nojo de você.


  Mas por fim, fique bem.

Meus sinceros abraços e felicitações.

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