terça-feira, 28 de junho de 2011

Acordei com um ar de peso, acendi um cigarro como de costume e olhei para a janela.
Liguei o radio com uma certa precisão no volume para não atrapalhar ninguém e não estragar o momento, enquanto a fumaça empesteava o teto branco e o candelabro dourado.

Decidi ir a cozinha pegar uma taça para beber um gole modesto de vinho seco, para alegrar as tais veias do meu coração que acreditava naquela hora estar parado, o relógio marcava 2:30 e o ar era gelado, trajado como guerrilheiro do frio, volto a janela para me acomodar novamente com meu cigarro e meu vinho.

Não queria acreditar que tudo aquilo havia acontecido, nem nas palavras ditas e que agora um vento gelado e vazio tomou seu lugar, a cada pensamento de como reagir a aquela situação, dois vinham de contra-mão me perguntando se ela ainda pensava em mim.

Estou enlouquecendo, só posso chegar a essa conclusão, e chorar diante de tantas fotos nossas sem cessar.
Enquanto o fogo consumia cada rosto naquelas minúsculas partes rasgadas de todos os nossos momentos, a lareira ardia.

Não queria voltar a dormir, mas prevejo que esse é o único modo de seguir a minha vida, esquecendo por algumas horas até o sol nascer, a falta que você ira me fazer e o homem que me tornarei nos dias que virão.

Pretendo redigir uma carta para você assim que tiver forças consideráveis, se a carta que um dia escreverei chegar em suas mãos, só abra se quiseres, pois o assunto será o mesmo do qual tentamos dialogar para chegar a um senso comum.

Com o copo entre os meus trémulos dedos, me arrisco a olhar o relógio e o mesmo marcara 4:00 em ponto, com uma certa cautela me locomovo para as escadas, volto os olhos para a lareira onde só restavam cinzas me senti um pouco feliz confesso, mas o sentimento mor não me deixara ter a felicidade.

Vou dormir, recompor as energias acho para assim tentar sorrir o resto do dia

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